Como escolher sua gravata

Quer parar de passar vergonha ao usar gravata? Vem comigo… A coisa que as pessoas mais erram é no comprimento da gravata. Ela deve encostar no botão da calça (ou no cinto, se você estiver usando). Os erros aqui são usar gravata “musical” (tocando o órgão) ou “advogado trabalhista old school” (alguns dedos acima do cinto).

O segundo quesito a ser observado é a largura da gravata. Ela deve ser proporcional à largura do seu corpo. Homens mais gordos devem usar gravata mais larga. Homens mais magros, por sua vez, devem usar gravatas mais estreitas. Se você for usar gravata borboleta, o parâmetro para a largura correta é o seu rosto.

Você já sabe a altura e largura corretos para as gravatas, vamos ver então as gravatas que você não deve usar de jeito nenhum. Gravatas engraçadinhas, de desenhos animados ou de filmes de bonequinho (como diria Martin Scorcese). Não precisa explicar né?

Gravatas brilhantes também não são recomendadas. Nada grita mais “eu só uso gravata em casamentos” como gravatas brilhantes.

Gravata com nó pré pronto e fechamento com zíper são outra coisa péssima. Não passe esse recibo de jacu. Gravata de couro, vinil ou qualquer outro material que não seja tecido são proibidas. Pelo amor de Deus, não.

Agora você já sabe o comprimento, largura e que tipos de gravata não usar de jeito nenhum. Vamos tratar então da gravata em relação ao resto da roupa: como evitar os erros mais comuns e algumas dicas para acertar na combinação.

A primeira coisa a se evitar é usar a gravata mais clara que a camisa.

A segunda é: não use camisa preta com gravata preta JAMAIS.

Um parênteses: pelo amor do bebê Jesus Cristo na manjedoura não usem camisa preta com paletó. Brega DEMAIS.

Falando em coisas pretas, a gravata preta você guarda junto com o paletó preto e usa somente em funerais, ok? “Ah, mas a gravata preta e o paletó preto são muito usáveis”. Sim, se você for segurança de eventos. Não trabalhando com isso, evite.

Passemos então aos materiais. Boas gravatas são feitas de um dos seguintes materiais: caxemira, lã, seda ou algodão. Os dois primeiros são adequados para o inverno, o último para o verão e a seda para o ano todo.

Vejamos então as padronagens. A mais simples é a gravata de cor sólida. Ela é ótima para dar um choque de cor no traje ou para quando o paletó ou camisa já possuem alguma padronagem, pois a gravata não brigará com eles.

Chamamos de foulard o padrão de pequenos desenhos repetidos por toda a gravata. Ótima opção para quebrar a monotonia de costumes e camisas em cores sólidas.

Paisley é a estampa com “amebinhas” Pode ser chamada de paisley foulard quando são amebas pequenas em padrão que se repete, ou paisley clássico, com grandes amebas multicoloridas. Difícil de acertar e combinar,deixe para quem entende muito da coisa senão você fica parecendo o Paulo Guedes.

Regimental é a gravata de listras diagonais. Não misture com paletó risca de giz ou camisas listradas. Por fim, a gravata de bolinhas. Quanto maiores as bolinhas na estampa, mais informal é a gravata.

Além de todas estas opções de padronagens, podemos utilizar a textura das gravatas para dar um up em uma produção muito “lisa”. Uma das opções é a gravata de tricô. Sua textura bem aparente e ponta quadrada deixam o visual do paletó menos sisudo.

Outra opção é a gravata grenadine, uma tecelagem super leve e ventilada de seda. Ótima pedida para quem precisa usar gravata em ambientes quentes — como James Bond no deserto do Marrocos.

Sobre prendedores de gravata

No geral, evite. Se for usar, prefira os discretos, sem detalhes chamativos.

E, se você for usar prendedor de gravata, ele vai entre o terceiro e quarto botões e deve ser de ¾ ou ⅞ da largura da gravata.

Alternativamente, você pode usaro prendedor como o Rei Carlinhos, abaixo do umbigo. Assim quando você fechar o paletó ninguém verá que ele está lá.

Quanto aos nós

Nó não tem mistério, aprenda dois: nó Windsor e nó simples. Use o nó simples nas gravatas em que o Windsor ficar muito grande (como, por exemplo, nas gravatas de crochê)